A sonda japonesa Hayabusa aterrou ontem no deserto australiano de Woomera, depois de uma missão de sete anos no espaço.
Porém, os vários problemas que enfrentou para recolher amostras do asteróide Itokawa deixam os cientistas apreensivos se o objectivo foi alcançado.
Foram vários os problemas técnicos que os cientistas e engenheiros da agência espacial japonesa JAXA teve de resolver. O mais grave aconteceu quando o mecanismo para "agarrar" o asteróide - a mini sonda de nome Minerva - falhou, passando pela superfície do Itokawa e perdendo-se no espaço.
"No momento da aterragem [no asteróide], a Hayabusa colidiu com a superfície onde ficou durante 30 minutos. Acreditamos que algum material ainda foi armazenado no contentor onde as amostras deveriam ter sido depositadas", explicou Hitoshi Kuninaka, o líder deste projecto.
Mas os contratempos não ficaram por aqui. Logo quando foi lançada para o espaço, a sonda foi danificada por um raio de sol. Depois de ter, supostamente, recolhido alguns detritos do asteróide, a equipa que seguiu os passos da Hayabusa teve de lutar contra problemas de comunicação e com falhas na propulsão.
A reentrada na atmosfera terá decorrido dentro da normalidade. Segundo Kuninaka, quando a sonda alcançasse a atmosfera, a sonda deveria atingir uma velocidade de 12 quilómetros por segundo. Dado ao normal aquecimento na reentrada, a sonda deverá ficar destruída ainda antes de chegar ao solo, mas está programa para lançar para a frente o contentor, que os cientistas esperam que tenha as amostras do asteróide, construído para sobreviver a temperaturas de três mil graus.
Poderá demorar meses até que os investigadores revelem se conseguiram ou não capturar fragmentos do Itokawa. A confirmar-se será um feito histórico.
Creditos : DN
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