Tudo leva a crer que 2011 será um marco importante na história da União Europeia e na história de Portugal.
Uma vez que a superação da crise nos países da periferia da UE é indissociável da reconfiguração institucional da Eurozona, que soluções globais podem ser antecipadas?
Este texto de Joseph Stiglitz pode ser útil para enquadrar o debate público.
[I] Uma solução que tem sido proposta é a de estes países organizarem o equivalente a uma desvalorização – uma descida uniforme nos salários. Isto, acredito, não se consegue realizar, e as suas consequências do ponto de vista da distribuição do rendimento são inaceitáveis. As tensões sociais seriam enormes. É uma fantasia.
[II] Há uma segunda solução: o abandono da Alemanha da Eurozona ou a divisão da Eurozona em duas sub-regiões. O euro foi uma experiência interessante mas, tal como o quase esquecido Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC) que o precedeu, e se desintegrou quando os especuladores atacaram a libra em 1992, carece do suporte institucional indispensável ao seu funcionamento.
[III] Há uma terceira solução que a Europa poderia adoptar e que seria a mais interessante de todas: implementar as reformas institucionais, incluindo o necessário enquadramento orçamental que deveria ter sido criado quando o euro foi lançado. ( Tradução via Blogue Bem Comun )
No comments:
Post a Comment