Ontem, a agência de notação financeira Fitch, que é uma agência de notas de crédito, cortou o rating de Portugal em dois níveis. Uma decisão justificada com a crise política no país e devido às dificuldades na implementação de medidas e de financiamento após o chumbo do PEC no Parlamento e da demissão do primeiro-ministro. E admite-se novo corte, em vários níveis, nos próximos meses. A notícia chegou já depois do encerramento dos mercados, num dia marcado por novos recordes nos juros da dívida soberana. A agência Fitch alertou que sem um pacote de apoio financeiro credível do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, Portugal sofrerá novo corte de 'rating', possivelmente em vários níveis, nos próximos meses.
E a Standard & Poor's (S&P), que é uma divisão do grupo McGraw-Hill que publica análises e pesquisas sobre bolsas de valores e títulos, também baixou o ‘rating’ de Portugal. A decisão da Standard & Poor's coloca a qualidade da dívida portuguesa mais perto do nível de ‘junk', ou seja, mais perto de um perfil de risco especulativo. teme que a instabilidade política em Portugal conduza a um impasse que impeça a aprovação das medidas de austeridade necessárias para cumprir a meta do défice de 4,6% previsto para este ano.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, apelou hoje a Portugal para manter os esforços de redução do défice previsto pelo primeiro-ministro ainda em funções, José Sócrates, que “é crucial” que Portugal dê continuidade às medidas de austeridade que tinha anunciado para melhorar a situação económica do país. Jean-Claude Trichet fez estas declarações à saída da cimeira de líderes europeus que está a decorrer em Bruxelas.
Fonte : JN e Economico.sapo.pt
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