Os Preços de combustíveis sem qualquer controlo em Portugal são fonte de lucros excessivos (180 milhões €) para as Petrilíferas.
Em 7 de jan.2017, segundo a Lusa “O secretário de Estado da Energia pediu à Autoridade da Concorrência (AdC) para realizar um novo estudo sobre a margem de lucros que as gasolineiras ganham na venda ao público de combustíveis” Em declarações ao Expresso, Jorge Seguro Sanches afirmou que a margem bruta do setor petrolífero tem vindo a aumentar de forma particularmente significativa, desviando-se significativamente do que vinha sendo a sua média histórica, razão que motivou o envio, por carta, de um pedido de estudo àquela autoridade. A Secretaria de Estado da Energia lembra que em 2012 a margem bruta da gasolina era de 17% do preço final antes de impostos e a do gasóleo era de 18%, tendo subido ano após ano, para chegar a 2016 a 28% no caso da gasolina e a 24% no gasóleo”. (ECCO- economia on-line)
A GALP foi uma das petrolíferas mais beneficiados com a crise e com a total falta de controlo dos preços dos combustíveis no nosso país. Os seus lucros dispararam como provam os dados dos seu relatórios e contas. Entre 2013 e 2015, os lucros da GALP aumentaram de 310 milhões € para 639 milhões €, ou seja mais que duplicaram (+106%).
As petrolíferas e os seus defensores na comunicação social procuram convencer a opinião pública de que os elevados preços dos combustíveis em Portugal se devem aos elevados impostos pagos.
Em Janeiro de 2016, o preço do gasóleo sem impostos em Portugal era superior ao preço médio também sem impostos praticado nos países da União Europeia em 14,4% e o da gasolina era em 11,9%.
Em relação ao gasóleo, em todos os meses de 2016 ele continuou a ser mais elevado sendo em Novembro de 2016 (último mês considerado) superior, em Portugal, em 3,3%; em relação à gasolina sucedeu o mesmo com excepção dos meses de Setembro e Novembro de 2016 em que foram inferiores, respetivamente, em -0,6% e -1,1%.
Durante o ano de 2016, em média o preço do gasóleo sem impostos em Portugal foi superior em 6,6% à média da União Europeia e o da gasolina em 3,3% (as petrolíferas estão mais interessadas em aumentar o preço do gasóleo porque o consumo deste é quase quatro vezes superior ao da gasolina).
Para saber mais sobre o estudo completo Eugénio Rosa, clique aqui
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