Mais de 1.000000 de pensionistas recebem menos que a pensão média.
Os estudos e também os artigos publicados nos órgãos de comunicação social referem, como facto em que não há dúvidas, que a esmagadora maioria das pensões da Segurança Social são muitos baixas, mas normalmente esquece-se de concretizar essa afirmação talvez por desconhecimento .
E o mais grave é que essa realidade não se tem alterado nos últimos anos, pelo contrário, até se tem agravado como vamos provar utilizando dados oficiais divulgados pelo INE.
O gráfico 1, onde se compara o limiar da pobreza, um valor abaixo do qual se considera numa situação de pobreza, com as pensões médias de sobrevivência, de velhice e de invalidez da Segurança Social mostra, de uma forma clara, que a situação se agravou muito .
Em 2021, a
pensão média de velhice era já inferior ao limiar da pobreza em -1,4€, a de invalidez era inferior em -74,8€, e a da sobrevivência , recebida maioritariamente pelas mulheres que vivem mais anos do que os conjugues, era inferior ao limar de pobreza em -226,5€, segundo os dados do próprio INE e não se pense que a situação melhorou em 2022, porque os aumentos das pensões, não entrando com o complemento extraordinário de meia pensão pago uma única e que não foi incluído pelo governo na pensão (a pensão de 2023 não tem incluído esse valor) foi respetivamente apenas de 1%, enquanto o valor do limiar da
pobreza estima-se que tenha aumentado em 3%, pois a remuneração media aumentou nesta percentagem.
Em relação a 2023 ainda não existem valores que permitam fazer estimativas.
Entre 2015 e 2021, as pensões inferiores aos valores das anteriores aumentaram 256175 para 271246 , em mais 15071 (+5,9%).
A situação da esmagadora maioria dos pensionistas da Segurança Social no nosso país é ainda mais grave do que aquela que as pensões médias traduzem.
Créditos : Eugénio Rosa
No comments:
Post a Comment